
Esponjas sónicas na limpeza de pele, Sim ou não?
Todos já sabemos que a limpeza de pele é um passo fundamental na rotina de cuidados e deve ser feita com produtos adequados ao estado individual de cada pele.
Desde há uns anos que o mercado tem desenvolvido as chamadas esponjas ultra/sónicas como auxiliares deste cuidado de pele. No entanto, ainda não existem estudos que comprovem o impacto do uso destes auxiliares sobre a pele ou comparem os seus benefícios com outras técnicas.
Contudo, sabemos que estas esponjas representam um estímulo mecânico e por vezes elétrico que pode não ser adequado a algumas condições de pele, como pele seca, pele sensível ou irritada ou mesmo em acne ativo.
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Por exemplo, a oleosidade normal é uma parte integrante da barreira de proteção da nossa pele. Se a removermos de forma excessiva, a pele vai sentir-se atacada e com necessidade de produzir mais proteção, isto é mais oleosidade (e a promoção de mais seborreia, comedões, borbulhas, pontos negros).Quando usadas de forma inadequada, estas esponjas sónicas podem danificar a barreira protetora da pele e criar disfunções que dão origem a problemas de pele ou agravam os problemas já existentes, como poros dilatados, mais oleosidade, mais sensibilidade ou mesmo descamação por atrito e irritação.
As esponjas auxiliares substituem os ativos celulares?
Na nossa opinião profissional, estas esponjas auxiliares também não substituem os ativos celulares que a pele precisa na rotina de limpeza e cuidados diários. A pele é um órgão e estes ativos celulares são a verdadeira necessidade, do mesmo modo que precisamos de comer ou respirar.
Assim, a prioridade é utilizar ativos/produtos adequados para remover corretamente maquilhagem, poluentes, toxinas e sebo, de manhã e à noite, mas que não agridam ou irritem a barreira de proteção da nossa pele.
Em muitas condições de pele, preferimos a sensibilidade tátil das mãos no momento de aplicarmos os produtos de limpeza, até como forma de não gerar atrito desnecessário e não ter desperdício de ativos.
Em suma, a utilização de uma esponja auxiliar ultra/sónica na limpeza diária da pele não demonstra ser indicada em nenhum tipo de pele, seja seca, mista ou oleosa, já que tal como o nome indica é apenas uma ferramenta auxiliar na aplicação dos ativos celulares.
Contudo, no que respeita a limpeza mais profunda da pele, que deve também ser feitas de forma regular, entre 1 a 3 x semana, consoante as necessidades e estado da pele, as esponjas ultra/sónicas podem ser um auxiliar válido quando a opção do esfoliante for granular.
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Isto é, para peles sensíveis, oleosas ou acneícas, são indicados esfoliantes de ação biotecnológica, preferencialmente com ativos calmantes ou sebos normalizantes, que
aplicamos e deixamos atuar. Estes esfoliantes trabalham sozinhos e podem ser prejudiciais, bioquimicamente falando, e interferir na sua ação.
Já em peles normais, a escolha do esfoliante pode ser em grânulos, cuja aplicação na pele se faz com suaves movimentos circulares dos nossos dedos. Neste caso, o auxílio da esponja pode ser uma preferência pessoal, com bom efeito na desobstrução dos poros e na microcirculação.
Em resumo, da nossa análise e experiência, as esponjas ultra/sónicas devem ser usadas com moderação e apenas quando a condição de pele assim o permite, pois de outro modo podem ser prejudiciais, e danificar a nossa proteção mais preciosa, a barreira natural da pele.
Se tem dúvidas sobre a melhor opção para si ou para a sua condição de pele, será ótimo a ajuda de um profissional ou pode também enviar-nos aqui a sua questão.